Desde que nos entendemos por gente, sabemos que uma boa alimentação é sempre a chave para uma saúde melhor e sem qualquer tipo de problemas no futuro. Aliás, tudo o que fazemos agora pode ser o reflexo para um futuro melhor ou pior, e bem sabemos que, quando estamos idosos, por mais que possamos parecer bem de saúde, qualquer problema de saúde que nos acometer pode ser ainda mais pesado por causa da idade.
Por conta disso, diversos institutos de saúde, aliados a governos e ongs, buscam promover no mundo uma procura cada vez maior para um estilo mais saudável de vida. Percebe-se que essa missão é cada vez mais difícil, muito por conta das dificuldades que a vida cotidiana nos impõe: quantas vezes não deixamos de nos alimentar de uma maneira certa em prol de nossas obrigações diárias, sejam elas econômicas, sociais ou estudantis? Muitas vezes. Por exemplo: durante a hora de almoço ou intervalo, muitas pessoas preferem comer alimentos rápidos e mais “saborosos” ao invés de um almoço ou café da tarde por conta de sua praticidade e rapidez, para que sobre mais tempo para se realizar as demais atividades que foram interrompidas por causa dessa pausa.
E, os médicos argumentam que tal costume, que é bastante frequente entre as pessoas, escondem armadilhas que podem tanto comprometer a vida presente quanto a vida futura: obesidade, diabetes, problemas cardíacos, entre outras infinidades de problemas de saúde. Por isso, é necessária uma melhor alimentação, que tenha a maior presença de alimentos saudáveis e de fácil digestão: quanto mais natural e fresco, melhor.
Um dos alimentos que está mais presente no cardápio da população é o ovo: além de ele ser consumido em sua forma comum, ele também é a base de diversos alimentos que compõem o nosso ciclo alimentar, e tais alimentos podem ser saudáveis ou mais calóricos. No entanto, em uma coisa todos concordam: é praticamente impossível viver sem o ovo. E, o ovo mais utilizado para fins culinários é, sem dúvida, o ovo de galinha caipira, ou de granja. No entanto, uma nova espécie está cada vez mais ganhando adeptos: a cocá, ou, como a maioria das pessoas conhecem, galinha d’Angola. Os seus ovos estão sendo cada vez mais requisitados por conta de seus benefícios, que serão mostrados ao longo desse artigo.
O Ovo de Cocá (Ou Galinha d’Angola)
A galinha d’Angola é uma espécie da nossa conhecida galinha, que, como o próprio nome sugere, não é de origem brasileira, mas sim, da África Ocidental (onde também está localizada o país da Angola). Foi trazida para cá pelos portugueses que aqui ajudaram a colonizar o Brasil, na época das Grandes Navegações, quando os colonizadores europeus viram que era chegada a hora de sair pelo mundo em busca de novos povos e terras, com o proposto de escoar as vendas de produtos europeus, bem como também angariar objetos e metais preciosos, para abastecer a economia europeia que se encontrava fragilizada.
Diferente das galinhas ao quais estamos acostumados, a galinhola (como assim também é conhecida) é uma ave bastante agressiva, chegando ao estresse em pouquíssimo tempo. E isso se dá, principalmente, por causa de seu temperamento agitado que, a qualquer tipo de ameaça, já cria um rebuliço com a intenção de fugir de possíveis predadores. É uma ave de capoeira, que somente vive em bando, sendo bastante rara as vezes em que ela é encontrada sozinha em algum local, já que, várias vezes, sem a companhia de outras de sua espécie, a galinhola pode adoecer e morrer.
Curiosamente, ela precisa estar em um bando, também, para se reproduzir, já que, se isso não acontece, ela não se sente motivada para continuar a descendência e, por isso, não acasala se não estiver confortável, presente em algum bando de outras galinholas.
Os bandos de galinholas são extremamente organizados, tendo sempre em cada grupo um líder, que é bastante simples de verificar qual é: o líder não come junto com os seus colegas, ele espera todos comerem e depois de se certificar que não há nenhum problema em volta, ele começa, então, a comer.
As galinhas da angola são consideradas aves rústicas e de fácil trato, podendo ser criadas sem muita complicação. No entanto, são péssimas mães. Começam pelo seu ninho, já que raramente colocam seus ovos em locais previamente preparados pelos seus donos: é bastante comum que ela bote seus ovos pela mata ao redor de onde vive, escondendo-os utilizando palhas e outros tipos de folhas secas. Além disso, as galinholas fêmeas se reúnem, às vezes, para postarem os ovos em conjunto e, assim, fazendo camadas de ovos para que apenas uma das mães as choque revezando as tarefas. Como as vezes as camadas de ovos podem chegar a quarenta ovos distribuídos em várias camadas, alguns ovos não conseguem receber o calor necessário para chocar, tendo esse privilégio somente os ovos que estão localizados na parte superior. Assim, é recomendado que os ovos das galinholas sejam coletados e postos para serem chocados por uma galinha comum.
O ovo da galinha da angola tem uma coloração diferente das dos ovos das galinhas comuns, e isso se reflete, também, na sua composição nutricional: diferente dos ovos das demais galinhas, os ovos de cocá são mais saudáveis, tendo uma taxa de colesterol bem menor do que as demais, sendo, por causa disso, mais recomendadas para o consumo do que os tradicionais ovos de galinha. Nesse caso, os ovos de cocá também podem ser utilizados para o consumo e preparo de alimentos normalmente preparados com ovos de galinha, garantindo o sabor e, às vezes, até dando um toque especial nas refeições.
No entanto, o preço do ovo da galinha d’angola é maior que os de galinha, justamente pelos problemas citados ao longo desse artigo, no qual as galinhas têm dificuldade para a postagem dos ovos e, também, pela dificuldade em se encontrar esses ovos se elas não forem criadas em cativeiro. Lembrando que isso é meio difícil de acontecer, já que é preciso que as galinholas sejam criadas com um grande espaço à sua disposição.
