Cerveja Kaiser

A cerveja Kaiser nasceu no estado brasileiro de Minas Gerais na década de 1980, fruto da iniciativa do empresário Luiz Otávio Gonçalves, tradicional empresário do ramo de bebidas e proprietário de duas engarrafadoras de Coca Cola. Gonçalves estava decepcionado com as práticas de mercado que faziam as vendas da Coca-Cola despencarem devido ao fato de que as companhias de cerveja como a Antarctica, só aceitavam vender a cerveja caso o comerciante comprasse o refrigerante, e como a Coca-Cola não possuía uma marca de cerveja para distribuir, ficava para trás nas vendas.

Cerveja Kaiser – Rótulo Antigo

Uma Jogada Arriscada

Para que pudesse oferecer a venda casada de refrigerante e cerveja, tal qual Brahma e Antárctica, Luiz Otávio usou as suas economias para fazer um curso de mestre cervejeiro em Munique, Alemanha. Não demorou muito para que de volta ao Brasil ele desse início a produção de sua cerveja que alavancou as suas vendas de 15 para 48% do mercado. Ao observar o sucesso outras engarrafadoras da Coca-Cola passaram a trabalhar com a Kaiser.

O Nome

Luiz Otávio queria que sua cerveja se tornasse uma das mais respeitadas do mercado e por isso mesmo lhe nomeou ‘Kaiser’ que é um título de rei alemão.

Qualidade Acima de Tudo

A necessidade de entrar não apenas como um figurante na corrida pelo mercado de cerveja brasileiro – até então dominado pelas aristocráticas e centenárias cervejas brasileiras – fez com que a Kaiser estabelecesse o teste de quase 700 mil litros de cerveja.

Brindes Kaiser

O produto era fabricado com a melhor e mais moderna tecnologia de equipamentos disponíveis na época, como a maturação em tanques herméticos que representava uma economia de 30% de energia e menos mão-de-obra, o que era de fato um grande trunfo para uma marca que precisa reduzir custos para enfrentar os concorrentes.

A nova cervejaria encontrou amplo sucesso e aceitação, pois a nova marca supria a carência de muitos revendedores de Coca-Cola espalhados pelo Brasil, em que faltava realmente uma cerveja para suportar a venda da Coca. Em poucos meses a nova cervejaria estava presente em todos os estados da região sudeste.

O Baixinho da Kaiser

Na década de 1990 a Kaiser apresentou um extenso crescimento no gosto do brasileiro em especial devido as suas campanhas publicitárias centradas no personagem que ficou conhecido como Baixinho da Kaiser interpretado pelo ator José Valien.

Crescimento e Controle Acionário da Kaiser

O sucesso da cerveja brasileira fez com que a Coca-Cola comprasse 10% das ações da empresa no ano de 1984. Na década seguinte foi a vez da gigante holandesa do ramo cervejeiro, Heineken, adquirir 14,2% das ações da Kaiser. No ano de 1999 a Kaiser já era a segunda cerveja mais vendida no Brasil, atrás apenas da tradicional Brahma.

Kaiser Long Neck

No ano de 2002 um novo negócio mudou o controle acionário da cervejaria, foi a vez da empresa canadense Molson comprar a empresa com o auxílio da Heineken que ampliou sua participação para 20%. Em 2006 a empresa passou a ser controlada pela FEMSA, uma empresa do setor de bebidas do México e uma das maiores do mundo.

Sendo chamada então de Femsa Cerveja Brasil a empresa foi novamente negociada em 2010 quando a Heineken se propôs a comprar o restante das ações. A marca passou por um projeto de reinvenção para que pudesse conquistar uma participação mais efetiva do mercado reduzindo os índices de rejeição de cerca de 15% para algo em torno de 5%. Um dos fatores que tem contribuído para essa nova imagem é o programa que leva os distribuidores para dentro da empresa para discutir os rumos do mercado cervejeiro.