O Que é Confeitaria Internacional?

Recebe o nome de confeitaria internacional o conjunto de receitas de doces de vários países que são tradicionais e conquistam paladares ao redor do globo. Quem deseja atuar como confeiteiro profissional se beneficia significativamente de ter em seu currículo um curso focado em conhecer as técnicas de preparo internacionais assim como os seus principais sabores.

Para quem gosta da ideia de trabalhar com confeitaria vamos apresentar um pouco da história dessa verdadeira arte culinária e alguns dos doces internacionais mais famosos do mundo. Vamos começar?

História da Confeitaria

Hoje em dia é praticamente impossível imaginar nossas vidas sem doces, porém, nem sempre foi um hábito da humanidade degustar saborosas sobremesas. Em grande parte os doces têm suas origens ligadas a comemorações festivas, histórias românticas entre outros contextos edílicos.

Devemos ressaltar que os doces de datas antes a 1.200-1.300 d.C. não podem ser comparados com os doces atuais. Foram séculos, literalmente, de evolução para chegarmos ao estilo de confeitaria que degustamos agora. Durante muito tempo os pratos misturavam elementos doces e salgados porque não existia a ideia de refeição seguida de sobremesa.

Primeiros Registros de Doces

A primeira menção registrada a respeito de doces data do século I a.C., o filósofo Cícero fala sobre sua experiência ao degustar na Sicília “Tubus farinarius, dulcissimo, edulio ex lacte factus” (tubinhos de massa enfarinhada muito gostosos e doces que eram recheados com leite). Essa descrição é bastante semelhante ao delicioso cannolo siciliano, não é mesmo?

Na antiguidade eram comuns receitas de pudins e cremes feitos misturando leite, mel, ovos e pimenta do reino. Os doces podiam ser cozidos ou assados até adquirirem densidade. Era bastante comum também o processo de caramelização de avelãs e amêndoas com mel chegando a um resultado que pode lembrar o nosso popular pé-de-moleque. Os recheios costumavam ser de frutas secas com nozes.

Confeitaria

Confeitaria

Contudo, nessa época o sabor doce costumava ser mais apreciado em bebidas como o hidromel que até hoje é consumido em muitos lugares do mundo. Os povos germânicos e etruscos tinham o hábito de produzir vinho de frutas que eram obtidos através de fermentação leve de diversas frutas. Atualmente, a bebida que pode ser considerada como uma descendente desses vinhos é a cidra.

Açúcar

De acordo com os relatos históricos acima ficou evidente que na Europa não havia açúcar, o sabor doce era obtido a partir de frutas ou mel. O ingrediente entrou na vida dos europeus somente em 900 d.C., nesse período era importado como especiaria dos árabes por um preço elevado.

O hábito dos banquetes era bastante consolidado nesse período e a partir de 1.200 d.C. foi introduzida a sobremesa no cardápio. Contudo, os doces eram servidos antes do prato principal como uma forma de abrir o apetite. As receitas desse período eram elaboradas de acordo com tradições culinárias romanas. A influência árabe surgiu com as Cruzadas.

O Grande Salto da Confeitaria

No século 14 ocorreu o grande salto da humanidade em termos de desenvolvimento da confeitaria. As inúmeras expedições para o Oriente assim como a expansão marítima permitiram que as cortes passassem a conhecer melhor ingredientes que se tornariam essenciais para criar novas receitas de doces como o açúcar de cana, o arroz, o cacau, a canela, o cravo-da-índia e a noz-moscada.

O descobrimento do continente americano foi determinante para a difusão da confeitaria, pois tornou o açúcar mais acessível. Uma das criações mais marcantes dessa época é o bolo genovês – que nada mais é do que o popular pão de ló – desenvolvido pelo confeiteiro italiano Giobatta Cabona. Esse foi o primeiro de diversos bolos, aerados, fofos e leves preparados de forma bem distinta em comparação com os pães doces de até então.

Extração de Açúcar de Beterraba

Em 1747 se descobriu que a beterraba possuía o mesmo teor de açúcar encontrado na cana que era um ingrediente importado. No ano de 1801 a primeira usina de extração de açúcar de beterraba foi criada, não é uma boa ideia tentar fazer isso em casa. Essa substituição tornou possível que os profissionais deixassem as cortes para abrir seus empreendimentos. Esse foi um momento bastante profícuo de criação de novas receitas de confeitaria.

O açúcar de beterraba ajudou a dar origem à chamada “cultura da fornalha” em todo o continente europeu no século 19. Nesse período não era somente a aparência dos doces que importava, mas também o seu sabor. Nessa época foram descobertas verdadeiras maravilhas como massas de amêndoas, de biscuit, amanteigadas, os petit fours entre outros. As massas eram servidas como acompanhamento do café, chocolate quente e chás.

Na década de 1950 se observou uma potencial recuperação do poder aquisitivo das populações com o término da Segunda Guerra Mundial e isso possibilitou que empreendimentos do ramo da confeitaria se desenvolvessem com mais brilhantismo e qualidade.

Conheça Doces da Confeitaria Internacional

A seguir vamos apresentar alguns dos doces mais famosos de alguns países.

Dango (Japão)

Um doce muito popular no Japão podendo ser encontrado com facilidade em festivais de rua e datas comemorativas como o ano novo. Esse doce é servido num espetinho com três ou quatro bolinhas feitas de arroz glutinoso com diversas possibilidades de sabores. Geralmente é acompanhado de chá verde.

Pavlova (Austrália e Nova Zelândia)

O nome desse doce é uma homenagem a bailarina russa Anna Pavlova, tanto a Austrália quanto a Nova Zelândia reivindicam a autoria dessa iguaria. O doce consiste num suspiro crocante por fora, mas com interior bastante macio que é servido acompanhado de geleia, chantili e frutas vermelhas. Um doce leve ideal para o verão e para datas comemorativas como o natal.

Doces de Confeitaria

Doces de Confeitaria

Baklava (Líbano)

Esse país árabe tem grande tradição em doces e um dos pratos que melhor representa essa excelência é a baklava, uma receita passada adiante de geração em geração. Doce folhado cujo recheio é feito de uma pasta de nozes, oleaginosas variadas (como avelãs e pistache) e xarope de mel.

Chocotorta (Argentina)

Tem como pensar na Argentina sem se lembrar de doce de leite? Por lá um doce muito popular é a chocotorta que possui estrutura de pavê feito com doce de leite, biscoito de chocolate banhado em café, queso crema (um tipo de cream cheese mais ácido) e em alguns casos raspas de chocolate.

Macarons (França)

Os doces são uma parte essencial da culinária francesa, uma das mais famosas do mundo. O destaque certamente fica para os macarons, um tipo de biscoito de massa leve e crocante feito com farinha de amêndoas bem parecido com um suspiro, os recheios são variados.

Malva Pudding (África do Sul)

Bastante tradicional na África do Sul, o malva pudding é um bolo de textura fofa e com aspecto meio esponjoso feito com geleia de pêssego. Esse doce é servido com creme de baunilha. O nome malva se deve ao fato de ter textura leve que lembra um marshmallow. É bastante consumido no dia a dia, mas também é uma sobremesa clássica do natal e outras datas festivas.

Gulab Jamun (Índia)

Um doce típico da Índia, o gulab jamun, é feito usando um leite em pó recém-coalhado que é chamado khoya. O sabor desse prato doce indiano é complementado a partir do mergulho do mesmo em xarope de açúcar com cardamomo, açafrão e água de rosas. Esse prato é servido com nozes e amêndoas, trata-se de uma comida comemorativa bastante consumida nas festas de rua.

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Categoria(s) do artigo:
Comida

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