Comer bem é o desejo da maioria das pessoas, não é verdade? Pois bem. O que muita gente sabe mas não entende a dimensão é que existem várias pessoas que não podem sequer ter um momento de alimentação decente justamente porque não tem condições financeiras para tal. E isso é realidade em várias partes do planeta, principalmente em países subdesenvolvidos.
Porém, não tão grave quanto a fome extrema mas de mesma forma preocupante, muitas pessoas não se alimentam de uma maneira correta. Ou seja, preferem comer tudo aquilo que for mais fácil e barato, mas não tão saudável. Isso pode ser observado, principalmente, em países onde os alimentos instantâneos são mais baratos, o que permite que as pessoas se alimentem bem mais rapidamente para poder fazer o serviço que lhe cabe.
Por conta disso, diversos governos e órgãos vem estudando maneiras de incentivar as pessoas a se alimentarem de uma forma mais saudável, conferindo incentivos fiscais para a produção de alimentos orgânicos ou que não contenham uma grande quantidade de conservantes. Isso é feito como uma estratégia, já que, quanto mais pessoas tiverem problemas derivados de uma má alimentação, mais irão depender do sistema de saúde que, como muitos já sabem, é sobrecarregado. Em resumo, é melhor prevenir do que remediar.
Porém, existem aquelas pessoas que, não importa o preço, adoram consumir coisas peculiares. Você já deve ter pensado logo de cara em um dos pratos que a elite, em sua maioria, consome muito: o caviar. Aqui, você vai conhecer um pouco mais da história desse alimento, bem como outras informações relevantes como esta: o preço do caviar mais caro do mundo. Veja:
O Caviar: História
De uma forma mais técnica, o caviar nada mais é do que um alimento ou, como a maioria conhece, uma iguaria de luxo, na qual consiste em ovas de esturjão que não foram fertilizadas, no qual não se utiliza nenhum tipo de conservante, aditivo ou qualquer outro químico que possa intervir no sabor da iguaria. Um porém é que as ovas podem ou não serem pasteurizadas. Nesse caso, as ovas que passarem por um processo de pasteurização terão um valor menor no mercado do que aquelas que forem ser vendidas de maneira fresca.
Ainda mais restrito, costuma-se chamar somente “caviar” as ovas de esturjões que sejam selvagens e, de quebra, habitem o Mar Cáspio (ou seus afluentes diretos). Isso está firmado em regras fechadas entre a Rússia e o Irã, que são os maiores produtores da iguaria no planeta. Isso se dá porque as ovas dos peixes dessas águas conseguem deixa-las com grande consistência em todos os aspectos (como sabor, formato, cor, etc). Por conta disso, o quilo dessas ovas pode facilmente ultrapassar a barreira dos 12 mil euros, sendo que ele é comprado, geralmente, por chefes e restaurantes renomados e que, de fato, mecham com a alta gastronomia.
Porém, o termo “caviar” também pode ser utilizado para nomear as ovas de espécies de esturjões que não sejam selvagens – como os que são criados no sistema de aquacultura – sem contar que outras espécies, também, como o salmão e o atum, também podem ter suas ovas comercializadas sob esse nome.
O esturjão, que é o peixe responsável pelas ovas mais caras do caviar já é um aquático muito conhecido pelos seres humanos, com referências desde o ano de 600 antes de Cristo. Estima-se que os persas foram os primeiros povos a consumir, de fato, o caviar. Porém, os russos foram os grandes responsáveis por fazer com que a arte da produção da iguaria pudesse ser traduzida em um bom produto. Vale lembrar que na Pérsia islâmica o consumo de esturjão era proibido pois considerava-se que o animal era impuro.
Só para se ter uma ideia, a primeira referência moderna ao consumo do caviar só veio a aparecer durante o século XII, quando Batu Khan, governante mongol, visitou um mosteiro que estava localizado a norte da cidade de Moscou. Naquela época, antes da chegada de Khan, não existiam documentos que mostravam o consumo de caviar pelas pessoas, embora existisse o fato de que ovários inteiros e salgados, secos e depois prensados eram consumidos a rodo pelos russos. Só que, a partir do relato de Khan, milhares de outros relatos russos sobre essa iguaria começaram a aparecer.
A Popularização do Caviar
Quando o consumo de caviar começou a se popularizar, o esturjão passou de figurante para protagonista de batalhas reais. Um exemplo é que os ingleses, que chamavam o peixe de “Royal Fish” determinaram, sob a batuta do rei Eduardo II que todo e qualquer peixe dessa espécie que fora encontrado na natureza deveria ser obrigatoriamente entregue aos senhores feudais. Na França e na Rússia, a produção da iguaria era feita de maneira que o estado pudesse controlar todos os passos do produto.
Os russos, porém, não conseguiram manter o monopólio durante muito tempo, já que, durante o século XIX, começaram a surgir as primeiras empresas privadas modernas que, aos poucos, começaram a demonstrar que tinham mais capacidade de gerir a produção do que o governo russo. Dessa maneira, elas dominaram o mercado e passaram a criar multinacionais em outros países reconhecidamente produtores dessa iguaria.
Porém, como era de se esperar, o aumento do mercado consumir fez com que as necessidades de extração também crescessem, o que fez com que outras espécies de esturjão, diferente das que são encontradas no Mar Cáspio, fossem utilizadas para a produção do caviar – sem, necessariamente, ser no Mar Cáspio ou em suas redondezas.
O Preço do Caviar Mais Caro do Mundo
Durante os anos da Primeira Guerra Mundial, o consumo de caviar se tornou ainda mais restrito, sendo um dos maiores símbolos da riqueza aristocrática. Muitos russos aristocráticos fugidos do território por conta da Revolução Bolchevique buscavam maneiras de consumir o caviar em outras localidades, como a França.
Como já dito anteriormente, o esturjão criado no Mar Cáspio consegue deter para si o título de um dos caviares mais caros do mundo. Porém, de acordo com o Guiness Book, o caviar mais caro registrado foi o proveniente de um esturjão do tipo albino que teria mais de 100 anos de idade. O preço pelo quilo da ova estava em quase 35 mil dólares.