Não é novidade para ninguém o fato do ser humano ter sempre um gosto mais apurado quando o assunto é comida. Também, pudera: muita gente sabe que uma boa alimentação não é só boa para a nossa saúde, como deixa tudo mais leve e mais fácil de se levar. E isso só foi possível acontecer depois de muita evolução e, claro, muita força de vontade para poder criar pratos novos e incríveis.
Vale a pena ressaltar que, durante muitos e muitos anos, os nossos ancestrais não tinham muito do que se orgulhar em se tratando de comida saborosa para alimentação. Isso é dito pois, naquele tempo, os humanos que aqui residiam apenas realizavam a caça do alimento e fazia sua refeição na mesma hora, como os demais animais. Já dá para imaginar que o consumo de carne crua, por exemplo, daria um grande trabalho para as defesas do organismo, não é verdade? Pois bem. Durante muito tempo foi assim. Até que a descoberta de um elemento fez o ser humano mudar a sua percepção de, praticamente, tudo: o fogo.
O Fogo
Com o fogo, ele percebeu que poderia fazer muita coisa, tal como cozinhar alimentos e, também, se defender dos ataques de diversos tipos de animais. Isso foi o grande detalhe em toda a relação humana com o planeta, já que ele tinha em suas mãos uma forma de poder fazer as coisas de noite! Antes do fogo, quando o Sol se punha, a hora de dormir era anunciada. Com o fogo, esse momento pôde ser postergado.
Com o cozimento dos alimentos que ele conseguia, o ser humano passava a fazer com que eles tivessem “sabor”, além de ajudar em questões de saúde, ao ajudar a “matar” os microrganismos que insistem em permanecer nos alimentos. Nós bem sabemos que o consumo de carne crua (principalmente de suínos) é um grande perigo para a nossa saúde. Mas, com o fogo, isso foi sendo um problema secundário. A partir daí, o ser humano não parou mais, sempre inovando em questão de alimentação.
E, como sempre falamos de comida, é normal que o nosso apetite se abra, né? Para não deixar você na mão, vamos apresentar em nosso artigo uma deliciosa receita de bolinho de mandioca. Ficou curioso? Vem com a gente nessa aventura deliciosa.
A Mandioca
Você com certeza já deve ter visto uma mandioca em sua vida, não é verdade? (sem trocadilhos infames, por favor). O fato é que o tubérculo é bastante conhecido e difundido em todo o Brasil, por conta de sua facilidade em encontrar nas feiras e supermercados, bem como, também, pela sua flexibilidade em ser aplicado em, praticamente, qualquer tipo de prato. Nós podemos fazer com ela desde mandioca frita, um delicioso tira gosto, a até mesmo um elaborado bolo de mandioca (ou aipim, para os íntimos).
Segundo os pesquisadores, a mandioca teve origem no extremo oeste do território que hoje pertence ao Brasil e, quando os colonizadores chegaram por aqui, em 1500, a planta já estava espalhada por, praticamente, toda a América Central e parte da América do Norte, como na Guatemala e no Sul do México. É considerada como a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois do arroz e do milho, estando espalhado hoje pelo mundo inteiro. Isso pode ser provado, já que a maior produtora mundial do tubérculo é a Nigéria.
Aqui no Brasil, existem mais de quatro mil variedades da mandioca, que apresentam cor, textura e sabores diferentes uma das outras, sendo a mais comum a mandioca com miolo de cor branca. Como já dito anteriormente, a Mandioca é muito importante para a manutenção da vida no planeta, principalmente em se tratando da alimentação dos países subdesenvolvidos. Mas, em especial, os nativos brasileiros, é como se ele fosse considerado como o arroz e feijão que consumimos no dia a dia.
Quando os Colonizadores Conheceram a Mandioca dos Índios
Quando os colonizadores chegaram por aqui, perceberam que os índios utilizavam enormes raízes “caudalosas” para poder cozer e comer. Descreviam, ainda, que eles conseguiam fazer outras coisas com a raiz, como uma goma e também farinha, o que chamaram de “farinha de pau”, que hoje é conhecida como a farinha de mandioca, presente em nossa alimentação e, também, em nossos churrascos feitos por aí. Com esse hábito alimentar, os colonizadores se sentiram atentados em levar essa raiz para a Europa, na esperança de que este também pudesse ser incluído na alimentação dos europeus.
É curioso imaginar como cada região do nosso país tratava a questão da colheita da mandioca: em alguns locais, os índios recolhiam, praticamente, todos os arbustos de mandiocas que já estivessem “maduros”. Em outros luares, no entanto, os índios cavavam um buraco na terra e analisavam as raízes, fazendo a questão de colher somente aqueles que já estavam grandes, deixando com que as pequenas raízes se desenvolvessem.
Hoje, a mandioca pode ser empregada para infinitas coisas, como seu consumo cozido, a fabricação de bolos, de nhoque, de bolinhos, enfim.
Bolinho de Mandioca
Para fazer o delicioso bolinho de mandioca, você vai precisar de:
Meio quilo de mandioca já cortada e limpa, meia xícara de chá de leite, dois tabletes de caldo de legumes e verduras, um ovo batido, duas colheres de sopa de margarina, cinco colheres de sopa de salsa bem picada, uma xícara de farinha de trigo, duas colheres de sopa de queijo ralado, uma colher de chá de fermento em pó, sal a gosto e óleo para fritura.
Feito isso, é preciso cozinhar a mandioca até que a mesma fique macia. Depois disso, deixe a escorrer e a esprema para que possa ser acrescentado o caldo de legumes que já devem estar previamente dissolvidos no leite quente, adicionando logo em seguida a margarina, a salsa, o óleo, o ovo batido, a farinha de trigo e o queijo. Misture tudo até que vire uma massa homogênea. Feito tudo isso, coloque o fermento e, com o auxílio de uma colher, vá formando os bolinhos. Coloque o óleo no fogo e quando ele já estiver quente, coloque os bolinhos, deixando fritar até ficarem dourados. Coloque-os em um papel toalha e sirva aos seus convidados. Essa receita rende até trinta unidades.