A culinária é um dos mundos mais complexos que existem. Isso porque, uma combinação de temperos podem render em um alimento bastante saboroso; porém, essa mesma combinação pode ser o estopim de uma comida ruim, não é verdade? Esse é o maior barato do mundo da gastronomia: seus pratos podem dar tão certo ou podem dar muito errado, e, quando não se tem prática na cozinha, isso é o que mais acontece.
O Brasil é um país conhecido por ter várias regionalidades em seu território, e isso contribui e muito para uma gastronomia cada vez mais diversificada e, portanto, rica, culturalmente falando. Todos sabem que, aqui no Brasil, o prato base é, geralmente, arroz com feijão. Mas isso não impede que, em cada canto desse Brasil, que é elevado ao posto de país continental, possa criar seus diferenciais: Em Minas Gerais, por exemplo, a feijoada é uma tradição quase que unânime em festas realizadas em tempos frios; Já no Sul, por exemplo, o chimarrão e o tererê tem a sua vez nas estações frias.
Em se tratando de carne, muitas pessoas apreciam diversos cortes, principalmente bovinos, como a picanha. Porém, existem várias partes de um boi que as pessoas nem ousam citar o nome para não perderem o apetite: É o caso do fígado. Embora existam pessoas que não gostem dessa parte do boi, outras pessoas têm verdadeiro apreço por essa carne. E, para atender aos gostos dessa segunda parte, iremos apresentar nesse artigo uma receita de fígado salgado para poder diferenciar um pouco o modo de servir a carne, já que muita gente somente serve o fígado no formato de bife. Confira, a seguir, algumas informações sobre essa parte do corpo animal e, depois, a receita propriamente dita.
O Fígado E Seus Benefícios À Saúde
O fígado, apesar de renegado por muitas pessoas, apresenta um gosto bastante peculiar, que encanta uns e desaprova outros tantos. Mas, o que essas pessoas não sabem é que o fígado apresenta diversos pontos positivos, inclusive para a saúde: para se ter uma ideia, é uma das carnes que mais tem proteínas e vitaminas, sendo essas indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. O número de vitaminas, por sua vez, chega a assustar: das 11 conhecidas e estudadas, o fígado engloba 9 delas.
Por causa desse grande potencial, é recomendável que essa carne faça parte de uma dieta regrada, mas, como os médicos e nutricionistas sempre dizem: nunca exagere nas medidas! Uma porção de fígado uma ou duas vezes na semana pode suprir as necessidades do organismo.
O consumo de fígado é muito recomendado, também, para aquelas pessoas que sofreram de algum tipo de anemia, ou seja, a falta de ferro no sangue, por ele conter muito desse elemento em sua composição. Pessoas de mais idade também precisam ingerir esse tipo de carne, para repor mais facilmente as vitaminas e outros itens benéficos que se perdem do corpo com mais facilidade.
Apesar dos vários benefícios, entre eles, a presença de selênio, riboflavina, cobre e zinco, o fígado também tem uma desvantagem: ele tem uma alta carga de colesterol e, por isso, deve ser consumido com moderação. No entanto, segundo especialistas, os benefícios que a carne traz são bem maiores que o colesterol presente na carne, o que corrobora com a narrativa de que ingerir fígado faz parte de uma dieta saudável. Apenas 100 gramas dessa carne equivalem ao total de 50% de todas as vitaminas que o ser humano precisa diariamente. A vitamina A, por exemplo, com vários benefícios como proteger a visão e fortalecer os ossos é encontrada em maior quantidade no fígado, do que em alimentos como o queijo.
Segundo nutricionistas, a melhor forma de consumir o bife é o ferventando para que ele não perca as suas propriedades. Juntar o fígado a uma sopa de legumes ou ao molho de uma macarronada também são ótimas formas de consumir essa iguaria.
Sopas convencionais também caem muito bem com o fígado, e ele pode ser servido em pedaços ou em forma de bife, podendo ser congelado juntamente com a sopa sem perder as suas propriedades.
A Receita Utilizando Fígado: Fígado Ao Queijo
Para você preparar esse delicioso fígado ao queijo, irá precisar de uma colher de sopa de óleo, duas colheres de sopa de farinha de trigo, quatro fatias de queijo do tipo prato, 2 maçãs, suco de um limão, temperos como sal, cominho e pimenta ao seu gosto e, é claro, 4 bifes grossos de fígado.
Para você preparar os seus fígados ao queijo, faça um caldo com o suco de limão, cominho, sal, pimenta e, depois de pronto, tempere os bifes de fígado utilizando esse caldo. Logo depois, deixe-os secar e comece a empanar os bifes na farinha de trigo. Depois de feito esse processo, em uma frigideira, coloque o óleo e deixe os bifes fritando por, no máximo, quatro minutos. Depois de fritos, retire os bifes e os coloque em uma forma refratária, colocando sobre eles uma fatia de queijo e uma fatia de maçã. Leve ao forno pré-aquecido por no máximo 10 minutos e, pronto, o seu prato está pronto para ser servido.
Pelo visto, a receita é bastante fácil, e pode deixar o seu almoço ou jantar um pouco diferente. Uma dica é que você pode substituir o queijo tipo prato para o queijo do tipo mozarela. O importante é que ele possa derreter sobre o fígado, para que o gosto do queijo possa ficar impregnado na carne, aumentando o seu sabor.
Como já dito inicialmente, a melhor forma de consumo do fígado é quando o mesmo é ferventado, já que, assim, ele pode manter suas propriedades vitamínicas e afins. No entanto, a receita acima indica que os bifes devem ser fritos e depois assados. É válido lembrar que tal receita é apenas para ser realizada em algum dia distinto, para não atrapalhar uma possível dieta de vitaminas, por exemplo. Essa receita, dizem, ajuda a fazer pessoas que não gostam de comer fígado a começar a aceitar esse tipo de carne em sua dieta, por algumas vezes na semana.
